A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que possui relação direta com condições sociais e econômicas, juntamente com ambientes desfavoráveis, sendo a população pobre a mais afetada por essa. O estigma que a doença traz é um dos fatores de maior relevância, uma vez que a discriminação, é responsável por promover a exclusão social, o que produz consequentemente interações sociais desagradáveis, para que essa situação pudesse ser contornada de maneira hábil, em 2010 a Assembleia Geral da ONU elaborou os princípios e diretrizes para a eliminação da discriminação das pessoas afetadas pela hanseníase e seus familiares.
A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen, em homenagem ao médico responsável pela descoberta da doença, essa pode afetar qualquer pessoa. A doença possui evolução lenta, sendo que em alguns casos o aparecimento dos sintomas pode demorar até cinco anos.
A doença possui histórico milenar, conhecida como uma das mais antigas da humanidade, estudos mostram que essa foi encontrada há mais de 4.000 anos na China e que ao longo do decorrer dos anos, aos poucos foi alcançando outros continentes.
Os sintomas mais comuns da doença são: manchas que podem ser brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas, essas são responsáveis por alteração da sensibilidade no local para dor, calor ou toque. Posterior ao aparecimento dessas com a evolução da patologia, são identificados comprometimento dos nervos periféricos, sensação aumentada de formigamento e caroços em alguns locais do corpo.
A transmissão da doença ocorre de maneira direta, através da eliminação do bacilo para o meio exterior, essa que comumente ocorre por meio de tosse ou espirro, sendo necessário um contato próximo e prolongado. O diagnóstico é realizado através de exame físico e dermatológico, onde é possível identificar perda de sensibilidade, alterações sensitivas e motoras, podendo em alguns casos ser solicitado exames laboratoriais.
A prevenção da doença está ligada de forma direta com o controle de sua cadeia de transmissão, sendo assim o diagnóstico precoce e o tratamento em tempo hábil de pessoas que possuíram contato com o portador.
Anualmente são notificados 127.558 casos de hanseníase em todo o mundo, de acordo com dados oficiais. No Brasil a Lei n° 12.135/2009, foi a responsável por instituir o último domingo do mês de janeiro como Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase por isso nesse ano de 2023 é celebrado no dia 29 de janeiro.
A hanseníase é uma doença que possui tratamento e cura, reconhecer seus sintomas é de vital importância para o controle dessa, a conscientização acerca dela é algo que deve ser constantemente promovido em caso de suspeita da doença procure atendimento médico.
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