A pandemia causada pelo COVID-19 vem provocando grandes mudanças nos hábitos da população. Algumas mudanças ocorrendo de forma voluntária, como o autocuidado, e outras impostas. Devido à propagação do COVID-19 ocorrer de forma facilitada, não existir um tratamento específico e a vacinação ainda não ter contemplado a totalidade da população, medidas de restrição de circulação de pessoas e até o lockdown foram adotadas em diferentes momentos para minimizar a transmissão do vírus, o que acabou por afetar a prática regular de atividades físicas.
A prática de atividades físicas é uma importante ferramenta para o bem-estar individual e coletivo, seja na melhora da imunidade, na melhor circulação sanguínea ou na diminuição do risco de doenças do coração, atua no controle de doenças, como no diabetes e na hipertensão, auxilia no controle do peso, fortalece a musculatura, previne doenças, melhora o bem-estar físico e mental de forma geral.
Apesar desses inúmeros benefícios durante a pandemia, essa prática acabou por ser desestimulada. Muitas academias e espaços voltados para a prática de aulas coletivas foram fechados de forma impositiva, por meio de decretos ou leis, e deixaram desamparados os praticantes de atividades físicas. Dessa forma, muitas pessoas tiveram que reinventar o hábito de se exercitar devido o distanciamento social que, caso não fosse respeitado, poderia implicar em uma maior possibilidade de contágio pelo COVID-19, por intermédio da dispersão de partículas no ar durante a atividade. Assim, ocorreu certo receio em parte da população de se exercitar, resultando no sedentarismo de inúmeros indivíduos.
O sedentarismo é prejudicial à saúde e, consequentemente, ao sistema imunológico, além da possibilidade do ganho de peso e da descompensação de doenças pré-existentes. Uma alternativa seria os indivíduos buscarem maior cuidado durante a prática de atividades físicas, evitando espaços compartilhados, e sempre realizar a higienização antes e após o uso de equipamentos coletivos com álcool 70º. Além disso, realizar atividades em ambientes bem ventilados, não abrir mão do uso de máscaras, mesmo se já estiver vacinado, manter-se sempre atento a qualquer sinal de infecção respiratória e buscar atendimento médico caso necessário.
Desta forma, a prática de atividades físicas deve ser estimulada, mesmo durante a pandemia, devido aos seus inúmeros benefícios. Para isso as pessoas devem evitar locais e horários de possível aglomeração de pessoas, utilizar proteção individual, evitar levar as mãos aos olhos, boca e nariz. Caso possível, buscar alternativas caseiras como caminhadas em ambientes domésticos, realizar trabalhos domésticos como arrumar a casa, cuidar do jardim ou da horta, dançar, podendo utilizar o peso corporal ou adaptar utensílios como garrafas pet para simular halteres, almofadas ou elásticos, porém deve-se atentar a não realizar atividades as quais não está habituado ou sem orientação de um profissional, pois poderá desenvolver outras complicações como contusões e/ou lesões musculares. É importante lembrar que o objetivo principal é movimentar-se buscando realizar atividades físicas e ter os benefícios para o corpo e também para a mente – devido a liberação de inúmeros hormônios durante a sua prática – e não acabar por desenvolver complicações devido a realização de exercícios mal orientados.
SILVA, I.C. et. al. Prática de atividade física em meio à pandemia da COVID-19: estudo de base populacional em cidade do sul do Brasil. Ciênc. saúde coletiva 25 (11) • Nov 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/VgMDpDhJLhhVKGq5CJLqJGR/?lang=pt Acesso 28/06/2021.
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