Uma série de mudanças em nossos hábitos de vida ocorreu devido à pandemia pelo coronavírus (COVID-19). A recomendação principal passou a ser a de ficar em casa, principalmente para os indivíduos do grupo de risco. Os noticiários informam cada vez mais números de casos e mortes por COVID-19, além das notícias maliciosas e infundadas, as fake News, que trazem confusão para parte da população.
Muitos profissionais passaram a trabalhar em regime de Home Office, tiveram a sua carga horária reduzida ou a suspenção temporária do contrato de trabalho. Empresas consideradas como atividades não essenciais tiveram a sua autorização de funcionamento modificada ou suspensa; também foram suspensas as aulas ou alteradas para o regime remoto; datas comemorativas e festas foram adiadas ou não puderam ocorrer para evitar aglomerações, passando o isolamento social a ser uma cruel realidade.
Além disso, uma grande parte de profissionais da saúde ou de trabalhadores que exercem atividades essenciais enfrentam diariamente uma rotina desgastante e que pode expô-los a uma maior possibilidade de contágio pelo vírus. Essa nova realidade pode afetar negativamente a saúde mental, trazendo-nos sentimentos negativos como a tristeza, insegurança, ansiedade, entre outros.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que ocorreu um aumento do sofrimento psicológico durante a pandemia, o que pode levar ao prejuízo na saúde mental das pessoas e dos profissionais da saúde.
Desta forma, algumas medidas são recomendadas pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e pela OMS para minimizar os efeitos da pandemia na saúde mental, tais como:
– evitar ler ou ouvir notícias que te causem angústia ou ansiedade;
– buscar auxílio em pessoas que possa confiar nos momentos difíceis, por meio do contato virtual;
– manter um estilo de vida saudável, por meio de alimentação e sono adequados e exercícios físicos;
– não usar cigarro, álcool e outras drogas para lidar com as emoções;
– buscar informações em fontes confiáveis, como o site da OMS;
– reagir a entes, principalmente as crianças e idosos, de maneira mais solidária, carinhosa e atenciosa;
– investir o seu tempo ou criar novos hábitos, como a meditação, leitura, exercícios de respiração;
– caso sentir a necessidade, procurar auxílio de profissionais da saúde ou de seu médico.
Portanto, devemos nos adaptar a essa nova realidade e ao isolamento social e buscar alternativas para diminuir os possíveis danos à nossa saúde mental. Esse momento de pausa pode ser um período de reflexão importante para nos conhecermos melhor e, principalmente, para ajudar ao próximo por meio do otimismo, da empatia e de ações de gentileza. E com o pensamento positivo, sempre seguindo as orientações dos órgãos de saúde, esperamos que essa pandemia passe logo e nossa rotina volte à realidade.
Texto escrito pela Queli Vanessa Donatti
Biomédica do LNSD – Registro CRBm 5655