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Já ouviu falar em nomofobia?

Vamos fazer um teste? Responda, mentalmente, “sim” ou “não” para as perguntas abaixo:

  • Você sente necessidade de conferir seu celular para saber se tem novas mensagens, recados, e-mails e atualizações de aplicativo muitas vezes durante o dia?
  • Já se sentiu desesperado ao perder o celular e demorar para encontrar?
  • A possibilidade de ter o celular roubado te causa ansiedade?
  • Alguma vez teve a sensação de sentir o celular vibrando e parou o que estava fazendo para conferir?
  • Você costuma se concentrar tanto no celular que deixa de acompanhar o movimento ao seu redor?
  • Quando acorda, confere o celular antes de levantar da cama?
  • Fica mexendo no celular em qualquer oportunidade que tem como durante o almoço, no banheiro, no trânsito, entre outras coisas?

Se respondeu ao menos um “sim”, talvez vocês esteja usando excessivamente o seu celular. Se as respostas positivas foram entre duas e quatro, pode ser que esse uso esteja disfuncional. E se você disse “sim” para mais de cinco perguntas, deveria se preocupar, vocês pode ser um dependente virtual.

Isso mesmo! O medo de ficar sem celular e o uso abusivo do aparelho tem nome: nomofobia. E as perguntas acima são sintomas que definem novos diagnósticos clínicos ligados à forma negligente como essa tecnologia tem sido utilizada. Por ser algo tão novo, é preciso que você fique por dentro para entender melhor do que se trata.

NÍVEIS DE DEPENDÊNCIA

Como em qualquer tipo de dependência, a nomofobia também se manifesta em diferentes níveis. Ela pode variar desde dificuldade para equilibrar o tempo de uso, falta de noção sobre os locais adequados para o uso do celular, falta de educação digital e pode evoluir até atingir um nível patológico.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro, por meio do núcleo especializado em Detox Digital, o Delete, desenvolveu estudos que orientam no tratamento e acompanhamento de pessoas que tem sua saúde mental prejudicada por essas novas patologias. Foram os pesquisadores do Instituto Delete que conseguiram traçar os perfis desses transtornos que incluem a nomofobia.

Os outros diagnósticos identificados tratam-se de:

– “Efeito Google”: quando começamos a reter um número menor de informações porque sabemos como fazer para obtê-las rapidamente.

– “Invisibilidade Social”: quando deixamos de interagir com o ambiente à nossa volta para ficarmos focados na tela do celular.

O Instituo Delete alerta para o fato de que a falsa sensação de felicidade gerada em ambiente virtual pode levar as pessoas ao seu uso excessivo e, consequentemente, desenvolver também patologias já conhecidas como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, entre outras.

É importante destacar que esse excesso diz respeito mais à forma como os smartphones são usados do que o tempo de uso. É uma linha tênue, muitas vezes difícil de ser identificada. Se o uso do celular começou a causar prejuízos em qualquer esfera de sua vida, certamente você já a ultrapassou.

PRINCIPAIS PREJUÍZOS À SAÚDE

O fato de nunca largar o celular pode desencadear muitos problemas biológicos, além dos mentais e emocionais. Pessoas viciadas no aparelho, tem maiores dificuldades de regular o sono, por exemplo. Dormir com o celular debaixo do travesseiro, pode causar insônia, tornar o sono leve e as noites se tornam mais perturbadas do que tranquilas.

Vale ressaltar que as alterações de padrão do sono acarretam em diminuição da produção hormonal e de energia, afeta as coordenações motoras, diminui a capacidade de raciocínio e afeta diretamente à memória.

COMO IDENTIFICAR E PREVINIR

Há muita gente usando o celular como um substituto para as interações sociais. Independente do motivo que levem a esse comportamento, é preciso ressaltar que essa prática pode se transformar em um círculo vicioso que só tende a aumentar.

Qualquer pessoa pode ser acometida pela nomofobia, mas ela é mais frequente em jovens entre os 13 e os 25 anos, por estarem em uma idade muito sugestionável e mais propensa a ser influenciada. Por isso, é importante se conscientizar e estabelecer limites e regras de uso. Algumas mudanças simples na rotina podem ajudar:

– Evite usar o celular em momentos de tédio. Opte por outras formas de entretenimento como ler, por exemplo.

– Preencha seu tempo vago com práticas de esportes e passeios ao ar livre.

– Estabeleça um horário específico, com tempo limitado, para o uso prolongado.

– Desligue o celular quando for dormir.

– Dispense o uso do aparelho quando estiver conversando, pessoalmente, com amigos e familiares.

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